MIGRAÇÃO DE DATA CENTER: as melhores estratégias que o PLANO DE MOVING deve ter para você transportar seus ativos com segurança

A migração de Data Center, também conhecida como “moving de ativos”, não é uma simples mudança de endereço. Transportar os equipamentos de TI de um centro de dados antigo para um novo Data Center exige um Plano de Migração (ou Plano de Moving) com estratégias de segurança que garantam a integridade dos servidores das informações do Data Center.

O moving dos ativos de um Data Center é comum quando o centro de dados passa por uma reforma, ampliação, alterações significativas de topologia e infraestrutura ou mudança de endereço por razões estratégicas da corporação.

Isso ocorre, muitas vezes, quando as empresas precisam investir em ambientes de missão crítica que ofereçam maior segurança, disponibilidade, performance, escalabilidade ou redução de custo.

Fabrício Zeittec
Fabrício Costa – Diretor técnico da Zeittec

O problema é que, para migrar os ativos de um Data Center com segurança, é preciso muito mais que encaixotar servidores, colocá-los num caminhão e transportá-los ao novo local onde serão instalados.

Se a migração de um Data Center for realizada sem o planejamento correto, o que deveria ser uma solução pode se transformar em enorme dor de cabeça, pois equipamentos muito caros podem ser danificados ou mesmo roubados. E informações sigilosas podem ser perdidas.

Além disso, a operação de TI da empresa pode ser comprometida por interrupções não planejadas, tornando os sistemas da corporação indisponíveis e trazendo prejuízos financeiros.

Para ajudar sua empresa a garantir que sua mudança de Data Center ocorra com segurança e sem contratempos, preparamos este guia completo sobre moving de ativos.

Você entenderá a importância de fazer um bom Plano de Migração para o seu Data Center, o que ele deve conter e quais são as melhores estratégias de migração segura que sua empresa pode adotar.

Para explicar todos esses temas de forma muito prática, entrevistamos o engenheiro Fabrício Costa, diretor técnico da Zeittec – empresa especializada em Data Centers com grande experiência em moving de ativos.

Confira os temas abordados no índice do post e bom proveito!

 

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1. O que é a Migração de Data Center (ou Moving de Ativos de TI)?

 

FABRÍCIO COSTA (FC): “De uma maneira bem simples, o moving é pegar os equipamentos de TI – servidores, roteadores, switches, blades, storages – que já estão em operação no site do cliente, e migrá-los para algum outro lugar dentro do mesmo prédio ou em outra edificação, muitas vezes até em outra cidade.

Mas não é só embalar, encaixar, colocar no novo Data Center e montar. Em tese, parece muito simples, mas se a gente não tomar os cuidados certos, a migração do Data Center antigo para o novo site pode se transformar em uma dor de cabeça terrível.”

 

2. Quais são os tipos de migração de Data Center? E para que servem?

 

FC: “ Basicamente, podemos dizer que existem dois tipos:

  1. Ou eu estou fazendo o moving dos equipamentos de TI para um ambiente provisório para poder reformar o meu site, ou seja, fazer um retrofit do Data Center.
  2. Ou eu vou fazer um moving para o meu ambiente final. Quer dizer, eu construí um novo Data Center e está tudo pronto. Então, só vou tirar os servidores do meu site atual e levá-los para o lugar final.

É o caso do Data Center que construímos em 2020 para a Celesc -a companhia de energia elétrica de Santa Catarina.

Quando a nova infraestrutura, implantada na sede da Celesc em Florianópolis, ficou pronta, todos servidores e ativos do site antigo da distribuidora foram transferidos para o novo local.

Compatível com padrão Tier 3,  o Data Center concentra todas a operações da distribuidora, que atende mais de 3 milhões de unidades consumidoras em Santa Catarina.

Seja um moving para ambiente provisório ou para um ambiente final, temos um lema aqui na Zeittec: o dia do moving não é dia de pensar, é dia de agir e colocar em prática, de forma assertiva, todo o planejamento de migração feito previamente.”

 

3. O que é o Plano de Migração (ou Plano de Moving de Ativos) e como ele é feito?

 

FC: “ Eu diria que o sucesso da migração de um Data Center é 90% planejamento e 10% execução.

Portanto, se você fizer um planejamento muito assertivo, cobrindo todas as variáveis, a tua chance de sucesso naquele final de semana ou nos dias previstos para o moving é muito grande.

Do contrário, se o moving do Data Center for feito meio às cegas, sem muito planejamento, a tendência é isso gerar uma dor de cabeça tremenda.

E como é que a gente faz esse planejamento do moving? A primeira etapa – e a mais importante – é a elaboração do documento chamado Plano de Moving.

O Plano de Moving contém todo o detalhamento das atividades que serão realizadas no dia da migração de um Data Center.”

 

4. Quais são os pontos importantes do Plano de Migração de Data Centers?

 

FC: “O primeiro seria o seguinte: cronograma de execução. Como é que eu vou mover todos os meus equipamentos?

Quando eu desligar esses equipamentos do meu Data Center para movê-los a outro lugar, em alguns casos, eu vou ter um downtime dos serviços.

Então, eu desliguei todos os servidores, desliguei as blades e storages. O serviço pode, dependendo do planejamento, ficar fora do ar.

Em alguns cenários, é necessário desligar todos os serviços e baixar todas as aplicações para movê-las de um Data Center para outro. Como fazemos, então, para movimentar esses equipamentos?

 

Primeiro passo do Plano de Moving: precisamos entender a topologia do Data Center

 

Nesse sentido, temos que responder algumas perguntas:

  • Como é que esse Data Center está funcionando hoje?
  • Ele tem equipamentos redundantes que podem suprir serviços?
  • Ou seja, eu tenho dois equipamentos, dois servidores que executem a mesma tarefa?
  • Posso movimentar primeiro um e depois o outro? Não?
  • Eu tenho que movimentar tudo de uma forma única?

Essa forma de movimentação, esse número de ações, de atividades, a gente chama de onda.

Então, quantas ondas vai haver na migração de Data Center para que você consiga tirar todos os teus equipamentos de um lado e colocar no outro em segurança e sem comprometer as operações de TI da empresa?

 

Segundo passo do Plano de Moving: definir o número de ondas da migração do Data Center

 

Onda significa basicamente: quantas movimentações eu vou fazer? E isso tem que ser tratado dentro do cronograma de execução.

A resposta depende muito de como os equipamentos e a topologia do Data Center atual está desenhada.

É preciso estudar a topologia do cliente e determinar o número de ondas de movimentação. Com isso, definir a estratégia de desligamento de máquinas que será usada.”

Para que você possa visualizar melhor o processo de migração de Data Centers, preparamos um vídeo mostrando alguns dos pontos críticos que fazem parte de uma estratégia de Moving de Ativos. Confira!

 

5. Quais são as estratégias de moving mais utilizadas?

 

FC: “Dependendo da topologia do Data Center que vai ser transportado, temos duas estratégias principais de migração:

 

a) Movimentação por redundância

 

Se eu tenho equipamentos, como servidores, que são redundantes, podemos ir primeiro migrando os equipamentos reserva.

Então, na primeira onda de movimentação, eu migro para o ambiente novo todos os equipamentos do Data Center que são redundantes.

Com isso, eu consigo ter uma duplicidade: num ambiente eu rodo 50% da operação e, no outro, os 50% restantes.

Depois, numa segunda onda, eu transporto os 50% finais para o novo Data Center.

Porém, é muito difícil que um Data Center tenha tudo espelhado, tudo com backup, tudo redundante para você poder se mover em duas ondas.

O que é mais comum é a gente dividir o moving de ativos por subsistemas do Data Center.”

→ Saiba mais sobre o conceito de redundância em Data Centers clicando aqui!

 

b) Movimentação por subsistemas

 

Nesse tipo de moving de ativos, na primeira movimentação (a primeira onda) eu posso pegar todos os equipamentos de backup do cliente e levar para o novo ambiente.

Depois, eu faço uma segunda movimentação com os equipamentos da rede.

Em seguida, outra movimentação com tudo o que é de telecomunicações.

Então, vamos quebrando a migração do Data Center em várias etapas, para que possamos diminuir o downtime, ou seja, o tempo de paralisação desse sistema.

Após definir qual será a estratégia de migração do Data Center, eu consigo determinar o número de ondas. Vamos precisar de quatro dias? Quatro movimentações? Quatro finais de semana, ou menos?

E assim podemos elaborar e executar um cronograma para que o moving de ativos ocorra com tranquilidade.”

 

6. Qual é a importância da gestão de recursos humanos na migração de Data Centers?

 

FC: “A gestão de recursos humanos deve estar casada com a forma de mover os equipamentos. E é vital para o sucesso da migração de um Data Center.

Se eu estou movendo os equipamentos por subsistema, o ideal é que eu tenha, pelo menos, um responsável por cada subsistema. Por exemplo, se eu vou movimentar o backup – toda a área de fitas do cliente, fitoteca, libraries – eu preciso de um time dedicado a essa movimentação.

As equipes setorizadas devem conter um líder que orienta os técnicos, o pessoal do transporte e da ativação do Data Center. Isso tudo é organizado na Matriz de Responsabilidade.”

7. Como é definida a Matriz de Responsabilidade?

 

FC:  “Na Matriz de Responsabilidade definimos quem serão o gerente principal do projeto, os coordenadores e os técnicos.

O gerente supervisiona toda a operação, e os coordenadores cuidam de cada setor da movimentação do Data Center.

Todos os profissionais envolvidos no moving dos ativos respondem a um único gerente de projeto. E a comunicação entre todos é fundamental.”

 

8. Com essa gestão, como são evitadas falhas humanas no moving de ativos de um Data Center?

 

FC: “Com ´backup de especialistas´.

Esse é um ponto muito importante e ao qual nem sempre os clientes ou as empresas de Data Center/moving prestam atenção.

Então ok, eu tenho um gerente de projeto. Mas tenho também algum coordenador tão inteirado que possa substituí-lo?

Imagina se, no final de semana marcado para o moving, o gerente do projeto passa mal? Não podemos cancelar a migração do Data Center por causa disso.

Porque quando você vai executar o moving, há todo um planejamento. Você comunica todos os setores da empresa, todo o público usuário daquele sistema que irá ficar fora do ar.

É todo um trabalho anterior e que não pode ficar suscetível de uma falha humana.

Por isso, o backup de recursos humanos é fundamental para o sucesso de uma mudança de Data Center. E deve ser previsto no Plano de Moving.”

9. Como é feito o transporte dos equipamentos na migração de Data Center?

 

FC: “A resposta para isso é: não há uma regra.

A primeira questão que impacta diretamente no transporte dos ativos é: o transporte ocorrerá dentro de um mesmo prédio? Ou eu estou indo para prédios diferentes em bairros diferentes? Ou, às vezes, até cidades diferentes?

Isso faz uma diferença muito grande no tipo de transporte previsto no Plano de Migração do Data Center.

Quais são as preocupações que eu preciso ter quando a migração ocorre de um prédio para outro? Precisamos fazer uma análise dos seguintes aspectos:

  • Eu preciso colocar esses equipamentos em caminhões, dado o volume deles?
  • Como é que eu tiro esse servidor que está no rack, dentro do Data Center, dentro de um prédio?
  • E como chego até a minha área de docas, até um estacionamento para colocá-lo dentro de um caminhão?

 

Proteção dos equipamentos é vital na migração de Data Centers

 

Para tirar cada equipamento de dentro do rack, é preciso embalá-lo e catalogá-lo. Ou seja, fazermos todo o inventário de equipamentos, para evitar que se perca algo durante toda a movimentação.

Os servidores devem ser acomodados de forma muito protegida, porque são equipamentos extremamente sensíveis.

Se isso não for feito, o próprio movimentar e chacoalhar do caminhão pode ocasionar algum tipo de problema.

Então, durante todo o trajeto, desde o equipamento sair do rack até estar dentro do caminhão, é preciso avaliar espaço físico, largura de portas, peso do equipamento. E ter sempre os pontos de controle.

 

Pontos de controle

 

O ponto de controle é basicamente o “cão de guarda”: você tirou um equipamento do rack, colocou num carrinho e está transportando para o local definitivo.

Em vários pontos de controle, durante esse trajeto, é importante ter pessoas checando se o equipamento não sofreu nenhum dano. Muitas vezes, o próprio cliente gosta de se envolver nesse controle de qualidade.”

 

moving de ativos

10. Quais são as estratégias de moving do Data Center para a segurança de dados?

 

FC: “Imagine que colocamos todos os equipamentos do Data Center dentro de um caminhão e vamos transportá-los para outro bairro ou cidade. Isso é um risco tremendo. Por quê?

 

Primeiro ponto

 

É fácil você chegar em um Data Center de pequeno ou médio porte e ter ali, facilmente, 30 milhões de reais em equipamentos. O volume de investimento é grande. Então, numa migração de Data Center, você tem que tomar muito cuidado com a segurança.

 

Segundo ponto

 

É impossível mensurar o valor dos dados contidos nos equipamentos de um Data Center.

Qual é o valor que tem todo o banco de dados? Toda a informação que está dentro de uma storage, por exemplo, e que está sendo transportada dentro de um caminhão?

E se, de repente, esse caminhão sofrer algum acidente? Tombar durante o trajeto? Pegar fogo ou sofrer um assalto? O que acontece com o meu Data Center?

Essa é uma preocupação muito grande. Por isso, via de regra, transporte que envolva localidades diferentes é feito com o auxílio de escolta armada.

 

A importância da escolta armada

 

Nesse sentido, nós fazemos um planejamento para cada equipamento. Se ele é redundante ou espelho de outro, não pode ir no mesmo caminhão.

Da mesma forma, se um sistema está diretamente interconectado com outro para poder funcionar, eles também têm que ser transportados em caminhões distintos.

Por isso, é muito comum, nos movings da Zeittec, você pegar um caminhão que suportaria uns 300 servidores e fazer essa locomoção com no máximo 10 servidores lá dentro.

Para quê? Para diminuir esse risco de eventual assalto ou acidente. A escolta armada é fundamental para a preservação de dados numa migração de Data Center.

 

Descarregamento dos ativos no destino final

 

A mesma preocupação que temos para o transporte deve ser levada em conta no destino final.

Ou seja, para descarregar o caminhão e levar os equipamentos para dentro dos racks, é necessário ter escolta armada. Também avaliar todos os corredores, a forma de transportar e o peso dos equipamentos.

Carregamento, transporte e descarregamento devem ser mesurados no Plano de Moving do Data Center.”

11. O que considerar na montagem do Data Center no local de destino do moving?

 

FC: “ Um ponto fundamental é determinar, no Plano de Moving, a Planilha de Conexão dos equipamentos.

Essa planilha detalha como os ativos serão conectados no destino final do moving. Consequentemente, garante que os serviços voltem a funcionar perfeitamente.

 

Planilha de Conexões

 

Essa planilha é um desenho que espelha as conexões atuais do Data Center, para que elas sejam repetidas no novo local.

Como eu garanto isso? Basicamente, você tem que levar a tua equipe até o Data Center do cliente e anotar tudo ponto a ponto. Seguir cabo, mapear conexões, definir qual equipamento está ligado em qual porta ou falicity etc.

Além da planilha com o mapeamento ponto a ponto, é importante que a equipe de migração do Data Center faça um relatório fotográfico das situações.

Esse relatório fotográfico irá mostrar, por exemplo, se o equipamento já está danificado, se tem algum risco ou avaria.

Isso elimina aquelas situações com sensação de: “será que esse dano foi ocasionado no transporte”?

Além disso, o relatório fotográfico permite que a equipe de moving tenha uma visão mais clara de como os equipamentos estavam conectados.

Por isso tiramos fotos dos cabos, da porta traseira, do cabo ligando, da etiqueta…

A planilha de ativação com relatório fotográfico garante maior segurança de que o moving será um espelho das conexões originais do Data Center.

Quando a conexão do Data Center no local final ocorre sem alterações na topologia, é chamada de montagem as is.”

 

Como é a Migração de Data Center com montagem tipo As Is?

 

FC: “O termo as is significa “conforme está”. Portanto, quer dizer que o moving de ativos não terá mudança de topologia no destino final.

Nesse caso, não haverá inserção de novos equipamentos, porque não vamos aproveitar o moving para trocar servidor x por y, por exemplo.

Então, pegamos toda a solução e, do jeito que ela está conectada em uma ponta, transportamos e levamos para o outro Data Center, onde tudo será conectado da mesma maneira.

Essa é a forma mais segura de fazer a migração de Data Centers. Porque você diminui os riscos de alterar configurações com inserções de novos equipamentos.

Porém, é muito comum termos cenários bem mais complexos, onde a montagem ocorre com alterações na topologia do Data Center.

 

Moving de Data Center com alteração de topologia

 

A montagem com alteração de topologia acontece, por exemplo, quando o cliente muda a faixa de IP dos servidores, compra um novo switch core ou decide inserir novos equipamentos.

Em muitos desses casos, o mapeamento e a planilha de conexões tornam-se desnecessários, já que haverá mudanças no novo Data Center.

Em compensação, costumamos fazer um laboratório com Planilha de Ativação.

 

Laboratório e Planilha de Ativação do moving

 

O laboratório é uma vistoria no Data Center para validar as conexões antes da mudança.

A partir dela, é elaborada a Planilha de Ativação. Só que essa planilha não vai mais servir para comparar e ver como os equipamentos estavam ligados antes do moving. E sim dizer como eles deverão ser ligados no novo site.

Quando possível, são feitos testes e laboratórios antes da movimentação do Data Center.

Como o cenário com alteração de topologia é um pouco mais crítico, exigindo a inserção de novos equipamentos, a janela de tempo que você precisa para fazer a migração tende a ser maior.”

 

migração de Data Center

12. E se houver problemas na infraestrutura do Data Center definitivo?

 

FC: Nesse sentido, são feitos testes de comissionamento em facilities do site para onde os equipamentos do Data Center estão sendo transportados.

Digamos que você terminou a tua obra de Data Center ou construiu a uma nova sala.

Mas foram feitos todos os testes de comissionamento desse novo ambiente? Testou-se o gerador, a rede elétrica, a redundância do ar-condicionado?

Por que deve existir essa preocupação? Porque uma vez que você começou a popular esse Data Center novo com os novos equipamentos, você não poderá realizar paradas para qualquer tipo de teste e ajuste na infraestrutura de facilities.

Quer dizer, o novo Data Center passa a ser um ambiente de missão crítica a partir do momento em que o primeiro servidor estiver rodando lá dentro.

E então você precisa ter certeza de que todos os testes foram feitos e de que todo o Data Center está apto para receber o moving dos ativos.

→ Veja aqui como são feitos os testes de comissionamento de um Data Center.

 

13. Como é feito o levantamento de riscos e para que servem os pontos de controle na mudança de Data Centers?

 

FC: “O Plano de Moving deve abranger o levantamento de riscos envolvidos na migração do Data Center. Bem como os pontos de controle que serão usados durante o moving.

E o que seria o levantamento de riscos? Você tem que pensar em tudo aquilo que pode dar errado e ter sempre um plano para isso, que chamamos de rollback.

 

Plano de Rollback

 

Vamos supor que eu movimentei um equipamento e este não funcionou bem no novo Data Center. Quais são as ações possíveis? Acionar o fabricante? Acionar o contrato de garantia? Voltar para o equipamento do Data Center antigo?

Esse plano de contingência, o plano de rollback, consiste em  “voltar o processo”. É uma ação que precisa estar muito bem esmiuçada no Plano de Moving.

O plano também precisa contemplar alguns pontos de controle durante o moving.

 

Pontos de controle

 

Por exemplo: eu vou mover o backup. Então, só movo a área de rede do meu cliente a partir do momento em que o backup estiver funcionando.

A minha previsão para movimentar o backup é de 6 horas.  Mas se eu não conseguir realizar a movimentação como previsto, esse movimento é cancelado.

Além de todos os pontos de controle desse checklist, é feito também um processo para avaliar os possíveis riscos de danos aos equipamentos durante a movimentação. Um deles é o boot de segurança, e outro é o freezing.

 

Freezing

 

Depois de fazer todo o levantamento e montar as planilhas mapeando porta a porta a forma de conexão do Data Center antigo, é preciso determinar um ponto chamado freezing.

E esse ponto é: a partir de daqui, não se mexe mais no Data Center atual.

Significa que eu não posso fazer nenhum tipo de conexão. Não posso mudar nenhuma porta física porque, do contrário, corro o risco de perder o meu mapeamento.

Esse é o processo chamado freezing, que é interconectado ao boot de segurança.

 

Boot de segurança

 

Realizado antes da migração do Data Center começar, o processo de boot de segurança consiste em:

  1. reunir toda a equipe de operação do cliente
  2. desligar o Data Center inteiro
  3. ligá-lo novamente sem mexer em conexões físicas.

Para que serve esse processo? Para treinar a equipe com a certeza de que todos os procedimentos para inicializar os equipamentos estão na ponta do lápis.

Ou seja, garantir que toda a equipe envolvida saiba exatamente o que fazer. E, o principal, levantar possíveis falhas de hardware que possam ocorrer durante o processo do moving.

Isso é vital porque Data Center antigos costumam ter equipamentos que, às vezes, estão há 5 ou 10 anos ligados.

Nunca apresentaram falhas. Mas só de você desligar e ligar, aquele componente que está com a vida útil próxima do fim tende a dar problema.

E é melhor que ele manifeste esse problema no boot, pois peças defeituosas podem ser trocadas em numa janela de tempo muito menor, uma vez que nessa fase eu só vou desligar e ligar. Eu não vou transportar, eu não vou desmontar.

Ou seja:  qualquer componente que der problema pode ser trocado de forma muito mais rápida.”

Para que serve esse processo? Para treinar a equipe com a certeza de que todos os procedimentos para inicializar os equipamentos estão na ponta do lápis.

Ou seja, garantir que toda a equipe envolvida saiba exatamente o que fazer. E, o principal, levantar possíveis falhas de hardware que possam ocorrer durante o processo do moving.

Isso é vital porque Data Center antigos costumam ter equipamentos que, às vezes, estão há 5 ou 10 anos ligados.

Nunca apresentaram falhas. Mas só de você desligar e ligar, aquele componente que está com a vida útil próxima do fim tende a dar problema.

E é melhor que ele manifeste esse problema no boot, pois peças defeituosas podem ser trocadas em numa janela de tempo muito menor, uma vez que nessa fase eu só vou desligar e ligar. Eu não vou transportar, eu não vou desmontar.

Ou seja:  qualquer componente que der problema pode ser trocado de forma muito mais rápida.”

 

moving de ativos

14. E se algo der errado na migração do Data Center?

 

FC: “ Para isso é feito o Plano de Crise. Nas migrações de Data Center realizadas pela Zeittec, costumamos ter uma “sala de crise” com toda a infraestrutura para reunir a equipe e passar as novas ações a serem tomadas.

Claro que a ideia é nunca precisar desse local. Com um planejamento assertivo, a chance de isso acontecer é muito pequena.

Em contrapartida, se houver qualquer evento fora do planejado e for necessário tomar determinadas ações, você já tem um local apropriado para levantar novas possibilidades com rapidez, tomando como base o Plano de Crise.”

15. O que acontece após o transporte e a instalação do Data Center?

 

FC: “ Depois que você fez todo o moving dos ativos do Data Center corporativo, é importante pensar num processo de operação assistida.

Na Zeittec, depois que nós movimentamos todos os equipamentos e “subimos” os serviços no novo Data Center, nós mantemos nosso time com o cliente.

A operação assistida é feita de forma física ou com acesso remoto, mantendo nossa equipe de prontidão por um período que pode variar de 3 a 10 dias, dependendo do tamanho do Data Center.

Durante esse tempo, a equipe tem que estar à disposição para corrigir eventuais erros de configuração ou portas conectadas de forma errada, por exemplo.

Isso garante que o sistema seja ajustado e funcione com precisão após entrar em operação, finalizando o sucesso da Migração de Data Centers.”

Então, pronto para começar?

 

Conte com a Zeittec para migrar seu Data Center!

Se chegou o momento de migrar os ativos de TI da sua empresa para um novo Data Center, a Zeittec será sua melhor parceira!

Estamos prontos para tudo que você precisar: do projeto de um Data Center preparado para o futuro da sua corporação ao Moving!

Com mais de duas décadas de atuação no Brasil, a Zeittec é especialista na implantação de Data Centers corporativos em regime turnkey, prestando serviços como:

 

 

Nesse período, foram dezenas de Data Centers construídos ou em construção para empresas como Autoridade Portuária de Santos, em São Paulo, IBGE, no Rio de Janeiro, MP-MS, Celesc, Sanepar, AL-RS, TRF4 e outros, além de várias obras premiadas!

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moving de ativos

 

Esperamos que o nosso guia para moving de Data Centers tenha lhe ajudado.

Obrigado pela visita e até o próximo post!

 

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